sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O ódio que alimenta


E, finalmente, o final.


"O ódio que alimenta" é a música que fecha o disco e a menos reta de todas as do CD. Vocês poderão ouvir um trecho dela em breve no Myspace (www.myspace.com/martiataka), mas não vou adiantar muito para não estragar a surpresa. Eu vejo "O ódio que alimenta" mais ou menos como uma continuação de "Corra coelho", no sentido lírico. Trata mais ou menos da mesma coisa, tirem suas próprias conclusões aí abaixo. Esta música foi a maior colaboração do Leandro Trombini (o bonitão aí da foto) para o Martiataka. Ele criou um riff fantástico, pesado e ao mesmo tempo dançante, e eu escrevi a letra em cima daquilo. Depois, junto com o resto da rapaziada, definimos o refrão - que é uma surpresa no CD - e saiu o "Ódio", o canto do cisne de "À moda do caos". O Leandro é um dos melhores guitarristas que eu já conheci, e também um excelente companheiro de banda que, por contingências da vida, não pôde continuar com a gente. Vamos ser sempre agradecidos a ele pelo presentão que nos deixou antes de partir. Ladies and gents, "O ódio que alimenta".


O ÓDIO QUE ALIMENTA

Taca fogo em tudo, crie outro tumulto
Fuja novamente sem olhar pra trás
O ódio que alimenta é o mesmo que atormenta
Mas a esta altura acho que tanto faz

Quem ainda acredita nesta história batida
No papel que você resolveu interpretar
Nesse seu teatro, nesse drama barato
Na sua busca por alguém para culpar

Você só enxerga perigo
E a sua raiva se espalha
Todos são inimigos
E a cama é mais um campo de batalha

Você não é melhor e a sua dor não é pior
Que aquela que você adora provocar
Nada especial, todo mundo sangra igual
Quando o corte é profundo e não vai fechar

E como é que vai ser, o que é que vai acontecer
Quando não houver sobrado mais nenhum vilão
Nenhum antagonista, nenhum porco chauvinista
Nenhum adversário pra botar no chão

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