sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Gravação amanhã!

Depois da viagem infernal ao Triângulo Mineiro, dedicamos nossas semanas à pré-produção do novo EP e a dois shows no Cultural Bar, um com Velotrol e outro com Léo Jaime, em agosto e setembro. Agora, as novas sobre o EP. Aquela música sem nome sobre a qual falei uns posts atrás foi batizada de "Karma Baby". Adaptei um poema de nosso amigo Adauto Oliveira, escrevi algumas linhas e encaixei em uma melodia do Fabricio para a música do Fausto. Ficou um petardo, é a mais pesada das três e vai batizar o EP, que vai se chamar "Karma, baby!". Ela se junta a "Bem perto" e "Quer saber", e ainda não sabemos se incluiremos aquela faixa bônus sobre a qual já falei. O Fernando Priamo vai fazer nossas fotos no início da próxima semana, e o pessoal da Boom Criações já está trampando na arte do disquinho. "Karma, baby!" é nosso quarto lançamento oficial, vem atrás de "Rockae Roll Combustível", de 2005, "Trindade", de 2006, e "À moda do caos", de 2009. As gravações vão rolar amanhã, no Studio Metropolis, do Rodrigo Itaboray, que é um cara com quem queremos trabalhar há algum tempo. A produção é assinada pelo Nando Costa (coproduziu com a gente). Ele trabalhou na pré com a gente em agosto e zarpou para os Estados Unidos, onde vai fazer também a mixagem e a masterização. Nossa expectativa é de colocar o EP na rua em novembro. O pré-lançamento rola dia 29 de outubro, no Cultural Bar, em um show com a Pitty.

Stay tuned for more rock and roll.

Salud y pesetas y tiempo para gastarlas!

Del

Viagem sinistra

Nossa viagem ao Triângulo Mineiro para tocar no festival Triângulo Music foi, como posso dizer, uma odisseia. Como eu já havia dito aqui antes, não gosto de tocar em concurso de banda, mas amo viajar com os caras para tocar em mares de morros nunca dantes navegados. No caso do Triângulo, os morros acabam depois de Conselheiro Lafaiete. Saímos daqui em uma van com a rapaziada do Suíte Bar, levando Itamar no lugar do Jim, e com um motorista fanfarrão cujo nome terminava com "inho". Saímos por volta da meia-noite de quinta-feira e tudo foi bem até Barbacena, onde fizemos um rango e pegamos o batera do Suíte, que nos esperava. Depois que terminou de passar "Pague para entrar, reze para sair" no DVD, a coisa ficou um pouco sombria. O motorista começou a cochilar ao volante. Cochilou até a gente pedir que parasse. Paramos em algum ponto entre Barbacena e Belo Horizonte, ele tomou um café, mas não teve jeito. Continuou cochilando. Fiquei acordado até a saída de BH, onde paramos de novo para que ele se recobrasse. Continuamos até o amanhecer, depois de Itamarati de Minas. Ordenamos que ele dormisse. Deixamos que descansasse por 1h30, até 8h30. Quando eu o acordei, ele se assutou e disse "E aí, galera??? Dormir mais um pouquinho???" E seguimos viagem, ele seguiu cochilando mesmo sob um sol escaldante, paramos para almoçar e chegamos a Uberaba no fim da tarde. Passamos o som e fizemos o que dava para fazer numa sexta-feira 13 de agosto: bebemos. Não tínhamos hotel, nem camarim - que só foi liberado próximo à hora do show -, então, tomamos umas cervejas e esperamos nossa hora. Em termos de divulgação foi legal, pudemos dar entrevistas para a Jovem Pan, para a TV Globo, incluíram "Ela só quer se divertir" em uma coletânea do festival. Não ganhamos, obviamente. Nem os meninos do Suíte. Na verdade, eu não entendi até hoje porque levaram a gente para a seletiva de um festival que tinha Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Restart (ou Cine? não sei, é tudo igual pra mim). Não tem nada a ver com o que fazemos, não teria como encaixar a gente ali. Depois do show, rolou um boato vindo de alguém da organização que as bandas de JF eram meio beberronas... rs! Enfim, não era um ambiente muito salutar pra gente, mas valeu o passeio. E os sanduíches no camarim eram fabulosos! Na volta, logo após a divulgação do resultado, mais terror: o motorista continuou dormindo ao volante, viemos parando em lugares sinistros para que ele descansasse, nos perdemos dentro de BH e só chegamos em JF por volta das 14h do sábado. Pelo menos, vivos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Itamar dá uma força

Hola, amigos.
Sexta-feira vamos tocar na eliminatória do Triângulo Music, em Uberaba. Infelizmente, o Jim não poderá tocar com a gente. Problemas com o trabalho e a pós-graduação o impedem. O resto de nós, no entanto, conseguiu se arranjar e vai dividir uma van com o Suite Bar até o Triângulo Mineiro. Desde ontem de manhã estamos correndo atrás de um baixista. Ligamos para amigos, conhecidos e desconhecidos e, até os 45 do segundo tempo, não havíamos conseguido ninguém para substituir. Até eu ligar para o Rhee Charles, vocalista da Glitter Magic e amigo de longa data, e conseguir o telefone do Itamar, que fez um show de tributo ao Matanza com o Rhee na semana passada. Liguei para o Itamar, expliquei a situação, "olha, é aprender um par de músicas nossas, entrar numa van na quinta-feira à meia-noite, viajar xxxkm, tocar na sexta à noite, subir na van de novo e voltar pra casa, topas?" Ele mal esperou eu terminar e lascou um "tô dentro". "A gente tem um ensaio no Nahkasa hoje, às 23h, se vc puder aparecer...". "Sei onde é, encontro vocês lá". E assim nossa participação no festival está garantida.
É um longo caminho, eu sei... mas o destino é a estrada.
Salud y pesetas!
Del

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

No Triângulo Music

Hola, capetada!
Ficamos sabendo hoje que fomos selecionados para tocar na eliminatória do festival Triângulo Music. O show será na sexta que vem, dia 13 de agosto, eu disse sexta-feira 13 do mês de agosto, em Uberaba-MG.
Eu não curto muito tocar em concurso de bandas, já tocamos algumas vezes e a experiência geralmente não é das melhores. Acho sempre injusto (não com a gente, mas com todo mundo, porque música não é basquete, não dá pra ficar disputando quem é melhor ou é pior quando você está falando de algo tão subjetivo, quando está lidando com uma expressão artística).
De qualquer forma, a gente entrou nessa porque é uma oportunidade de tocar para um novo público, conhecer uma nova cidade, ter uma nova experiência na estrada. Independente de ganhar ou não. Claro que o ideal é chegar à final e tocar no estádio para trocentas mil cabeças. Mas qualquer experiência, qualquer oportunidade de encontrar um novo público já é muito válida por si só.
E este ano tem sido muito generoso com a gente. Além de um ou outro show aqui em Juiz de Fora, pudemos tocar em lugares bacanas como Cinemathèque e o LENDÁRIO Circo Voador - indiscutivelmente nossa maior vitória em termos de estrada, difícil superar um dia -, pudemos conhecer novas casas e novos públicos em Curitiba, Blumenau e Joinville.
Só podemos agradecer às pessoas que ouvem nossa música e a acham relevante o suficiente para nos permitir rodar por aí. Obrigado. Obrigado. Obrigado.
Se quiser dar uma conferida, o link do site do festival é: www.triangulomusic.com.br/concurso-banda.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Três novas

Hey, fellows.
Blogando rapidinho antes do início de Vitória x Santos. Ontem compusemos a última das três músicas que vamos colocar no novo EP. Ainda não tem nome, porque eu não escrevi a letra. A música nasceu a partir de um riff muito foda do Fausto, que mostrou pra gente no ensaio (já havia me mostrado antes). Daí começamos todos a dar pitacos, fuçar, mexer e acredito que não mudaremos muito. Em uma hora e pouquinho... ficou um petardo, muito bacana. Antes já tínhamos "Bem perto", que é uma música originalmente do Fabricio. Eu escrevi a letra sobre uma melodia muito foda e bem rock 'n' roll do Fabs, mas mexemos muito no estúdio também, alteramos o refrão e outros bichos. E a outra é "Quer saber", excelente música do Frango (também escrevi a letra desta em cima da melodia do galináceo). Na semana que vem devemos sentar com o Nando Costa, a quem convidamos para ajudar na produção do EP, para acertar os detalhes. Espero ter uma letra nova até lá. Estamos pensando em colocar uma faixa bônus neste EP, mas, por enquanto, é surpresa. As gravações devem rolar no final do mês, e nossa intenção é lançar o disquinho em setembro, com pompa, circustância e fuleragem.
Stay tuned for more rock 'n' roll!
Salut y pesetas y tiempo para gastarlas... siempre!
Del

terça-feira, 18 de maio de 2010

Nova safra no forno

Hey there, fellows!

Na quinta-feira passada demos início a mais um novo ciclo de produção do Martiataka. A ideia é lançar um EP nos próximos meses, provavelmente com três músicas, a exemplo do que fizemos com o Trindade, antes de partirmos para um novo disco full. A primeira música na qual estamos trabalhando se chama "Bem perto" e, aparentemente, finalizamos o primeiro arranjo ontem. Hoje vamos pegar outra, que se chama, pelo menos por enquanto, "Dois é mais nada". Também estamos correndo atrás de alguém pra produzir pra gente. Amanhã posto uma foto aqui ou no fotolog para vocês terem uma noção do que tá rolando no estúdio. Quem sabe, até um videozinho?

Salud y pesetas y tiempo para gastarlas!

Del

domingo, 2 de maio de 2010

Tour no sur

Quando tocamos em Curitiba em 2007, apareceu um doido, o Flávio, que morava em Blumenau e resolveu nos ver no Paraná. Ficamos amigos e, desde então, planejamos um ida ao Sul, mas tava difícil de armar dadas as mudanças de integrantes e gravação de CD, clipe etc. No início de 2010, retomei os contatos com o Flávio. Ele marcou três shows pra gente em Santa Catarina (dois em Blumenau, um em Joiville), e eu aproveitei pra marcar mais um em Curitiba com nossos queridíssimos amigos da Anacrônica (Marcelinho, Gordo, Bruno e Sandra, vocês são fenomenais). Tocamos em 21 de abril em Curitiba e foi o show mais legal da tour, pelo menos o mais cheio. Daí fomos para Blumenau, onde o Flávio e sua maravilhosa esposa Sueli nos esperavam com um loft com geladeira cheia de cerveja, playstation, DVD, camas supermacias, cachorro-quente, frutas, saladas... uma coisa de avó! Tocamos no Rock Bola, onde o cara disse que não dava pra tocar muito alto, e não tocamos, até porque não tinha equipamento pra isso - o Fausto que o diga. Mas nos divertimos a rodo e bebemos muitas Bohemias e recebemos bons elogios após o show. No dia seguinte, Joinville, que não estava cheio. Chovia demais. Mas o som lá era porrada, e mandamos bala. Tem foto e tem vídeo disso. Encerramos a tour sulista num centro cultural de Blumenau, com som ótimo também, porrada, e fizemos mais novos amigos, gente que veio conversar depois do show e estas coisas legais. Blumenau deixou saudades. Flavio, Sueli, Darwin e Matheus, vocês não existem. Muitíssimo obrigado pela acolhida. A volta foi um terror, chovia sem parar no sul, não pudemos decolar de Joinville e pegamos um ônibus para Curitiba. Pegamos um voo para SP, e de lá não tinha avião para o RJ. Novamente, com em 2007, fomos para um hotel bacanão, o Blue Tree. O jantar não chega aos pés do Hotel Glória, no Rio, tá? Saibam disso. Mas o nosso querido amigo, parceiro e entusiasta Adauto Oliveira nos pegou lá pra uma saraivada de chopes na Vila Madalena. Amamos o Adauto. E SP. Amamos SP. Com 24h de atraso, voltamos pra JF. Me arrependo de não ter pedido pra tirar uma foto com o Bi Ribeiro, que cruzamos no estacionamento do Santos Dumont. De volta a JF, amanhã começamos a trabalhar novas músicas para soltar um EP no meio do ano ou no início do segundo semestre. Nossa ideia é gravar três novas e fazer um cover ao vivo. Cover que já tocamos há anos nos shows. Espero não demorar tanto para atualizar aqui. Aí vocês (e eu, no futuro) saberão de tudo.

Salud y passion y pesetas

Del
Já perceberam que eu não edito estes posts, né? Tem erro de digitação a torto e a errado. Mas vamos aproveitar o gás. Estreamos em 2010 com um show superlegal no Muzik, dia 30. Tinha uma data que eu queria fazer alguma coisa com o Renato Jukebox, quadrinhista, DJ e produtor cultural no Rio. Naquele show da Melt, no Leblon, ainda com o Diogo e o Doug na banda, ele foi jurado. Curtiu demais o nosso som e falou na moral: "Vocês não vão ganhar nada aqui hoje, porque não trouxeram público (pais, mães, irmãs, primas, namoradas). Mas eu votei em vocês", ele disse. Tentamos agitar alguma coisa várias vezes, até conseguirmos trazer a College Rock Party pra Juiz de Fora. Junto veio o Gatunos, cujo baixista, o Gus, também é produtor e DJ da festa. Grande amizade fizemos. Na semana seguinte, estávamos tocando em nosso show mais legal no Rio, no Cinemathéque, em Botafogo. O show foi gravado na mesa, a gente solta esse material um dia. Mas o mais foda estava por vir. Numa noite de quarta-feira, eu tava no jornal trampando, e me liga Jô Rocha, que trabalhou com um produtor em um dos nossos maiores fiascos, um show no Mourisco Mar, em Botafogo, uns anos antes. "Del, tô fazendo o Grito Rock 2010 no Rio, e não tenho uma banda de rock n' roll de verdade pra tocar na noite das Velhas Virgens. Não gosto de repetir banda (ela tinha botado a gente no Grito 2008, no Cine Lapa, com o Leandro na guitarra), mas queria que vocês viessem. Não tem grana, mas o show vai ser no Circo Voador, topa?" Eu fiz um doce na hora, o coração disparado, e disse "tem que ver horário, ordem das bandas, pra ver se rola. e tenho que ver a agenda". Mas fingi que tava olhando a agenda e topei na hora. Imagina, tocar no Circo Voador, onde o rock brasileiro nasceu??? Mandei mensagem pro Fabricio, liguei pro Jim, pro Fausto e pro Frango. E o Frango: "não posso. tenho um casamento pra ir." Pensei, "caralho, putaquepariu". E o Frango "mas peraí que tô com um cara aqui que resolve seu problema". Era o Douglas, bebendo cerveja com o Frango na orla (orla é na praça do bairro São Mateus, em Juiz de Fora, onde o juizforano toma banho de bar). Expliquei pro Douglas, ele topou na hora. Mas, não sei se o casamento desandou, o Frango pôde ir. E fomos pro Rio, alugamos uma van e batemos lá pra tocar no palco em que eu mais quis tocar em toda minha vida. Fomos a segunda banda e fizemos um show matador. Arrebatador. Depois vieram críticas ótimas, tipo "melhor guitarras do festival", "um vocalista que solta a voz de verdade" e não sei mais o quê. Foi foda. Isso numa noite que tinha Velhas Virgens. Débito eterno com a Jô e aquela equipe superfantástica que trabalhou no Grito. Pra mim, ao lado do show arrasador que fizemos com o Cachorro Grande no Cultural, uma data inesquecível (as ocasiões menos inesquecíveis, graças a deus, eu registro aqui e no www.martiataka.blig.com.br). Tivemos mais dois shows em JF e, depois da correria de troca de integrantes e gravação de CD, retomamos um velho projeto: voltar à Região Sul. E voltamos.

Retomando as rédeas

21h54, ainda tem meia garrafa de vinho, então, sigamos. Em outubro de 2009, fizemos um show bacana, descomprissado e putanesco no aniversário de nossa amiga Juliana Duarte, entusiasta e fã de cateirinha desde os primórdios até hoje em dia. Fizemos um repertório acústico, na cachorrada, e foi divertidíssmo. O Diogo Britto tava lá e mandou vários sons com a gente. Um sarro. Em novembro, aconteceu um troço muito legal. Nosso amigo Dudu Monsanto ia entrevistar o Duff McKagan em um festival em São Paulo, ele veio tocar com o Loaded, e me ligou. "Del, vou entrevistar o Duff. Me mando um CD de vocês pra eu dar pra ele." E o Dudu foi lá e levou, e tem uma foto do Duff, nosso grande ídolo, com um "À moda do caos" na mão. Lendas do rock!!! No mesmo mês, eu e Fabricio, a convite de nosso amigo Tomate, tocamos no Tributo à Legião Urbana, mandando Teorema. No fim do show, rolou Pais & Filhos com todo mundo cantando. Foi foda. E o mais foda foi vir gente falar que o show que tínhamos feito na noite anterior tinha sido foda. Gente que não esteve lá, mas que ouviu dizer que tínhamos arrebentado. Passamos um tempo meio por baixo em Juiz de Fora, sabe? Fazíamos bom shows fora daqui, continuamos a conquistar coisas aos poucos, mas em JF não íamos bem. Aquilo foi como uma retomada pra gente. Veio um novo show no Cultural, fechando para o Pato Fu, em 12 de dezembro. O Salomão tinha uma prova para fazer no Rio e não poderia tocar, mas não queríamos perder o show. Então, o Fabricio veio com a ideia de chamarmos o Diogo, que costumava tocar baixo nas audições dos alunos dele. Fizemos uns três ensaios com ele, para pegar o repertório todo, e mandamos um dos shows mais divertidos daquele ano. Se ficássemos tocando até de manhã, a negada continuaria lá. Tocar com o Diogo é sempre divertidíssimo. Ele, obviamente, não é baixista, então, dava porradas no baixo e o técnico de som, o Marcinho, vinha no palco, "pelamordedeus, para de bater nesse baixo"... um sarro! Pode não ter sido o primor técnico, mas foi uma noite muito divertida. No fim do mês ainda fizemos um show com o Rock Rocket no Thompson's Pub, um bar novo. Ficou meio caído, porque pouca gente conhecia o bar, mas entre mortos e feridos salvaram-se todos. 2010 tinha coisas muito melhores nos aguardando.

Fausto na guitarra

Tiramos a virgindade do Fausto em um show bem legal no Cultural Bar, no dia 19 de junho de 2009. Foi o lançamento do clipe de "Ela só quer se divertir". Metemos um banner maneirão no palco, presente da minha mãe, Dona Eloísa, entusiasta mor e fabricante de nossas camisas (por estas nós pagamos, ok?). Um cara lá em Ubá tinha uma dívida com ela, e ela mandou fazer o banner. Aí abusamos: fizemos um de três metros de altura, com design cortesia da Boom Criações, da qual meu cunhado Cléucius Augustus Leopoldus III é sócio. Ele também fez a capa do CD, vocês já devem saber. Também compramos uma mangueira de luz, tipo aquelas de natal, mas diferente, que copiei de um show do Verbase, na gravação do DVD deles. Continuaum sendo uma grande influência para nós, salve Badaró! Daí vieram mais shows para divulgar o CD. O show na Obra, em BH, não ficou cheio, mas foi foda porque conseguimos meia página no caderno de cultura do Estado de Minas, um dos maiores jornais do Brasil. Como se vê, o Fausto só pegou filé, o filha da puta. Em julho, sofremos um baque: morreu em São Paulo nosso querido amigo Breno Bolan, baixista da Condessa Safira, vítima de pneumonia. Foram dias tristes pra gente. Acompanhamos de longe todo o processo, internação dele, melhora e, depois, a morte. Em 31 de julho, dedicamos ao Brenão nosso show ao lado de um grande ídolo, especialmente do Fabricio e do Jim: Joe Lynn Turner, no Cultural Bar. E a gente nem podia esperar o melhor. Armamos de tocar "Smoke on the water" com o Nando Cerutti, puta guitarrista e grande amigo do Fausto. Chamamos o Rhee Charles, do Glitter Magic, pra cantar com a gente. E, do nada, eis que surge no palco o próprio Turner pra cantar. Tem foto pra provar, ok? Eu pude cantar "Smoke on the water" com o ex-vocalista do Deep Purple. A gente pode tocar com ele. As fotos lá no fotolog dizem tudo. Muita alegria. Aí veio o show no Inferno, em São Paulo, com o Forgotten Boysts. O Frango tava no RS e não pôde ir, então, tocamos com o Douglas, nosso velho brother. Ele aprendeu as músicas novas às pressas e fomos lá e fizemos o show. Primeiro show sem cigarro em São Paulo, graças à proibição da prefeitura de lá. Em 3 de outubro, lançamos nosso disco em nossa casa preferencial, nossa cozinha, o Café Muzik. Na abertura, que virou encerramento, teve o Kiabbo. Foi um show foda, porque chamamos uma penca de amigos para participar: o Tiago, do Hibrida, cantou Asas comigo. Fil, do Cadillacs, tocou Mundo Bar. Jandão, do SA, tocou Declare Guerra. Eminho, do Muamba, O Pão da Minha Prima. Erick, do Tangerine Poetrees, Come Together. Corellio, do Ferrovelho, que tocou um tempinho no Martiataka, mandou Remedy. A Monique, cantora do Ferrovelho, era para ter cantado esta também, mas não apareceu. Assim como o ídolo Tuka, que saiu antes de cantar Mundo Bar. E o Daniel Goulart, do Eminência, tocou Wrathchild, que eu achei a participação mais legal, pelo inusitado da coisa, já que ele é guitarrista do Eminência Parda, uma banda conhecida em JF pelo fato de ter uma pegada mais MPB. Que noite!

Atualizando um ano

CARALHOOOOOO!!! ESCREVI UM MILHÃO DE PALAVRAS E DELETEI A PORRA TODAAA!!!! Um ano para atualizar aqui. Deixa ver. Começamos pela saída do Sarmento. Houve certos problemas de relacionamento durante as gravações do "À moda do caos", porque o Sarmento chegou com o disco já composto e arranjado, e não pôde contribuir como queria. Conversamos sobre isso, mas os tais problemas de relacionamento acabaram se agravando e, civilizadamente, ele preferiu sair. Continuamos nos falando, o Fabricio colaborou no disco dele, o Thiago gravou todas as músicas, e eu cantei uma também, "Os reis da noite". Mas com a saída dele, fomos atrás de outro imediatamente. Eu vinha conversando com o Fausto Coimbra, que trabalha comigo no jornal, é cantor, compositor e guitarrista e tinha uma banda chamada Field, sobre um projeto paralelo, de sacanagem, curtição. Em vez de entrar com ele no projeto paralelo, sugeri o nome dele para a banda. Ele veio, fez o ensaio e colou de cara com a gente. O Fausto tem um jeito muito peculiar de tocar guitarra. Todos os outros guitarristas que passaram pela banda eram solistas, sempre tivemos duas guitarras solo. E ele entrou para cumprir este papel, mas tem outras referências (peraí, minha filha de 3 anos - quase 4 - veio aqui me mostrar com ela sabe tocar e cantar Mundo Bar)...
Então, o Fausto tem referências diferentes de nossos outros guitarristas, Sandro, Diogo, Leandro, Sarmento, que eram mais de uma escola clássico/hard/metal. Ele curte mais new metal, Seattle, alt rock... enfim, outra praia. Mas curtia demais o nosso som, nossa energia, e tava na pilha de tocar. E foi foda. Isso, com o tempo, trouxe uma dinâmica diferente para o Martiataka, de execução, arranjo e composição. Bom, mas isso foi mais adiante. De imediato, o Fausto colaborou com o contato dele com o diretor Demétrius Coutinho, que fez o clipe de "Ela só quer se divertir". E Fausto trabalhou pesado na produção, o que é muito importante pra estar no Martiataka: trablahar. Paralelamente à produção do clipe, íamos ensaiando, passando o repertório pra ele. A gravação do clipe foi uma odisseia. Ficamos o dia todo em uma galeria vazia do Centro Cultural Bernardo Mascarenhas e, na hora de gravar, o CCBM não aguentou o tranco e a energia caiu. Achamos um eletricista no domingo à noite, que resolveu o bagulho e pudemos gravar. Tomamos um vinho, fizemos jams acústicas até a hora de poder gravar e ficou foda. O Demétrius esmerilou. Gastamos quase nada na produção, porque a produtora para qual o Demétrius trabalhava, Mais Comunicação, fez o cllipe de graça, porque queria montar portifólio de videoclipes e estreou com a gente. Ficou sensacional, procure no YouTube.