domingo, 2 de maio de 2010

Já perceberam que eu não edito estes posts, né? Tem erro de digitação a torto e a errado. Mas vamos aproveitar o gás. Estreamos em 2010 com um show superlegal no Muzik, dia 30. Tinha uma data que eu queria fazer alguma coisa com o Renato Jukebox, quadrinhista, DJ e produtor cultural no Rio. Naquele show da Melt, no Leblon, ainda com o Diogo e o Doug na banda, ele foi jurado. Curtiu demais o nosso som e falou na moral: "Vocês não vão ganhar nada aqui hoje, porque não trouxeram público (pais, mães, irmãs, primas, namoradas). Mas eu votei em vocês", ele disse. Tentamos agitar alguma coisa várias vezes, até conseguirmos trazer a College Rock Party pra Juiz de Fora. Junto veio o Gatunos, cujo baixista, o Gus, também é produtor e DJ da festa. Grande amizade fizemos. Na semana seguinte, estávamos tocando em nosso show mais legal no Rio, no Cinemathéque, em Botafogo. O show foi gravado na mesa, a gente solta esse material um dia. Mas o mais foda estava por vir. Numa noite de quarta-feira, eu tava no jornal trampando, e me liga Jô Rocha, que trabalhou com um produtor em um dos nossos maiores fiascos, um show no Mourisco Mar, em Botafogo, uns anos antes. "Del, tô fazendo o Grito Rock 2010 no Rio, e não tenho uma banda de rock n' roll de verdade pra tocar na noite das Velhas Virgens. Não gosto de repetir banda (ela tinha botado a gente no Grito 2008, no Cine Lapa, com o Leandro na guitarra), mas queria que vocês viessem. Não tem grana, mas o show vai ser no Circo Voador, topa?" Eu fiz um doce na hora, o coração disparado, e disse "tem que ver horário, ordem das bandas, pra ver se rola. e tenho que ver a agenda". Mas fingi que tava olhando a agenda e topei na hora. Imagina, tocar no Circo Voador, onde o rock brasileiro nasceu??? Mandei mensagem pro Fabricio, liguei pro Jim, pro Fausto e pro Frango. E o Frango: "não posso. tenho um casamento pra ir." Pensei, "caralho, putaquepariu". E o Frango "mas peraí que tô com um cara aqui que resolve seu problema". Era o Douglas, bebendo cerveja com o Frango na orla (orla é na praça do bairro São Mateus, em Juiz de Fora, onde o juizforano toma banho de bar). Expliquei pro Douglas, ele topou na hora. Mas, não sei se o casamento desandou, o Frango pôde ir. E fomos pro Rio, alugamos uma van e batemos lá pra tocar no palco em que eu mais quis tocar em toda minha vida. Fomos a segunda banda e fizemos um show matador. Arrebatador. Depois vieram críticas ótimas, tipo "melhor guitarras do festival", "um vocalista que solta a voz de verdade" e não sei mais o quê. Foi foda. Isso numa noite que tinha Velhas Virgens. Débito eterno com a Jô e aquela equipe superfantástica que trabalhou no Grito. Pra mim, ao lado do show arrasador que fizemos com o Cachorro Grande no Cultural, uma data inesquecível (as ocasiões menos inesquecíveis, graças a deus, eu registro aqui e no www.martiataka.blig.com.br). Tivemos mais dois shows em JF e, depois da correria de troca de integrantes e gravação de CD, retomamos um velho projeto: voltar à Região Sul. E voltamos.

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